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Áreas de atendimento

Cálculo Renal

A maioria das pessoas já teve algum familiar ou conhecido que sofreu com dores provocadas por cálculos renais. O fato é que cerca de 5 a 10% da população são portadores da doença que, muitas vezes, pode passar despercebida.

Embora haja muitos mitos a respeito do assunto, vários fatores podem estar envolvidos na formação dos cálculos renais: história familiar, sexo masculino, exposição a altas temperaturas e baixa umidade (características de boa parte do ano em Brasília), baixa hidratação, excesso de sódio e proteína animal na dieta, sedentarismo, entre outros. Quando nos rins os cálculos habitualmente são silenciosos.

Entretanto, ao migrarem para os ureteres as cólicas são intensas. Isso se deve ao pequeno calibre ureteral, levando a obstrução e ao impedimento da passagem da urina (veja na imagem abaixo).

A litíase renal é uma das doenças com mais modalidades de tratamento dentro da urologia. Há desde tratamento clínico com medicação, passando por modalidades menos invasivas como a litotripsia extracorpórea, laserterapia e cirurgia percutânea, até a cirurgia convencional aberta para casos extremos.

Nos dias de hoje a maior parte dos cálculos de vias urinárias são tratados endoscópicamente. Não há incisões e o acesso é feito pela uretra, utilizando uma microcâmera. Por meio dela é possível encontrar a pedra e fragmenta-la com laser. O período de internação para estas cirurgia costuma ser pequeno, coms um índice de sucesso na retirada dos cálculos bastante alto.

Uma vez descoberto o cálculo renal, é indispensável uma avaliação clínica pelo urologista. Ele verificará a necessidade de tratamento e a forma mais adequada de abordagem, identificará os fatores de risco e auxiliará na prevenção de futuros episódios.

Hiperplasia Prostática Benigna

A hiperplasia prostática benigna (HPB), é um problema urinário comum que afeta os homens, especialmente aqueles com mais de 50 anos. Com o envelhecimento, há um aumento progressivo da próstata e, como a urina passa por dentro dela, frequentemente isso leva a dificuldade de esvaziamento da bexiga. Tal aumento não tem qualquer relação com o câncer de próstata!

Felizmente, existem tratamentos eficientes para este problema urinário, inclusive tratamentos não-cirúrgicos.

O que causa a hiperplasia prostática benigna?

A causa exata não é conhecida, mas parece haver uma associação com alterações hormonais que ocorrem com o envelhecimento. Cerca de 70% dos homens acima dos 70 anos sofrem com algum grau de hiperplasia benigna.

Que tipo de sintomas a HPB pode causar?

A próstata é uma glândula que está localizada logo abaixo da bexiga no sistema reprodutivo masculino. Ela envolve uma parte da uretra, que é o canal que carrega a urina da bexiga, através do pênis, para fora. A principal função da próstata é adicionar fluídos ao sêmen, o líquido eliminado na ejaculação, mas o aumento dela pode bloquear a passagem da urina pela uretra, ao mesmo tempo que pressiona a bexiga e aumenta a vontade de urinar.

O mais típico sintoma de quem tem aumento benigno da próstata é a sensação de que o jato urinário está mais fraco. Também são comuns a percepção de que a bexiga não se esvazia adequadamente, a necessidade de se levantar mais vezes para urinar,e o aumento da frequência urinária durante o dia.

Caso problema não for tratado, outras complicações podem ocorrer como infecções urinárias de repetição, perda progressiva da função da bexiga com repercussão negativa para a função renal e piora da qualidade das ereções.

Como tratar a hiperplasia prostática benigna?

Dependendo do tamanho da próstata e da intensidade dos sintomas, este aumento pode ser tratado inicialmente com medicamentos. Outras alternativas são a raspagem da próstata através do canal urinário.

O tecido aumentado pode também ser retirado endoscopicamente com laser ou plasma. Para próstatas muito grandes, as opções são a retirada cirúrgica tradicional ou por via robótica.

Nestes casos, não se retira toda a glândula prostática mas apenas sua porção interna que obstrui o canal urinário, mantendo intacta a estrutura externa. Com isso a recuperação é muito mais rápida que numa cirurgia para câncer, em que toda a próstata precisa ser extraída.

Resseção transuretral de próstata
Tratamento a laser da hiperplasia prostática

Câncer de Próstata

A próstata é uma glândula presente apenas nos homens. Localiza-se entre a bexiga e o pênis, envolvendo a uretra interna, com forma arredondada e cerca de 20 a 30 g – o que equivale a um limão pequeno. Sua função principal é a produção de aproximadamente 30% do ejaculado. O líquido prostático junta-se ao das vesículas seminais e aos espermatozóides dos testículos para formar o sêmen.

Há dois problemas importantes que podem afetá-la. O mais frequente é a hiperplasia benigna, que atinge mais de 90% dos homens após os 40 anos, caracterizada pelo aumento da próstata associado a variáveis graus de dificuldade miccional. O outro é o câncer, mais comum após os 50 anos e que não tem nada a ver com o tamanho da glândula.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, perdendo apenas para os cânceres de pele não melanônicos. A estimativa para 2012 é de mais de 60 mil homens diagnosticados com a doença no Brasil e estatísticas apontam que a cada 15 minutos uma pessoa faleça, vítima da doença, nos EUA.

Não há fatores de risco muito bem definidos. A herança genética é importante: quando o câncer surge antes dos 55 anos, em 40% dos casos é hereditário. Dieta rica em gordura animal parece ter um efeito no aumento do risco da doença. Suplementos como selênio (castanhas), licopeno (tomate) e vitamina E não previnem câncer de próstata. A vitamina E pode aumentar o risco de doença cardiovascular em uso crônico.

O selênio, na mesma condição, aumenta o risco de DM. As estatinas (medicamentos prescritos para controle do colesterol) podem reduzir em 30% o risco de câncer de próstata. Ainda como curioso elemento protetor, um estudo com 9.000 indivíduos sugeriu que aqueles com mais de 20 relações sexuais por mês na idade adulta jovem tinham 35% menos risco de câncer de próstata.

Recomenda-se iniciar avaliação periódica aos 40 anos com a dosagem do PSA no sangue. O toque retal é um exame importante, especialmente após os 45 anos, já que o PSA isoladamente pode falhar em até 30% dos casos. Se ao toque houver nodulação ou o exame de sangue estiver elevado, faz-se biópsia. Em caso positivo para câncer, é preciso definir a melhor estratégia de combate.

Os tumores de próstata têm um comportamento diferente de outros cânceres. Eles têm o potencial de disseminação, mas em geral são lentos, leva-se de 8 a 10 anos para haver metástases. Estudos recomendam que não se demore mais que 6 meses entre o diagnóstico e o início do tratamento, mas devido à habitual lentidão com que se espalha as chances de cura são muito grandes quando a doença é descoberta precocemente. Há basicamente duas formas de se tratar: radioterapia ou cirurgia.

Um grupo seleto de pessoas (indivíduos mais velhos, com tumor não palpável ao toque, com menos de 30% dos fragmentos positivos na biópsia e células pouco agressivas) pode seguir sem tratamento. É a chamada vigilância ativa. Nesses casos, deve-se fazer PSA a cada 6 meses e biópsia anualmente. Depois de 5 anos, 50% abandonam a vigilância ativa. Desses, metade por estresse e cansaço dos exames periódicos e metade por progressão.

Tanto a cirurgia como a radioterapia são modalidades aceitas para tratamento do câncer de próstata, mas a primeira tem pequena vantagem por propiciar, a longo prazo, maior índice de sobrevida livre da doença. Além disso, caso haja recidiva após cirurgia, há a possibilidade de se indicar radioterapia coadjuvante – restaria uma carta na manga. A cirurgia pós-radioterapia, entretanto, não é recomendável.

O grande drama da maioria dos homens que precisam de tratamento são as sequelas eventuais: incontinência urinária e disfunção erétil. Tais problemas ocorrem tanto na cirurgia quanto na radioterapia. Os índices de perda urinária giram em torno de 3 a 5%, enqaunto aqueles relativos à dificuldade de ereção variam de 15 a 70%. Tanta diferença se dá por inúmeros fatores: idade do paciente, extensão da doença local, obesidade, diabetes, qualidade das ereções antes da cirurgia, habilidade do cirurgião etc.

Os nervos responsáveis pela ereção passam bem próximos à face lateral da glândula prostática. Quando os tumores são descobertos ainda no início, é possível fazer a cirurgia preservando o feixe nervoso e, assim, a ereção. Com o avanço das técnicas, em mãos experientes, e especialmente se as ereções antes da cirurgia são de boa qualidade, as chances de retorno à atividade sexual são grandes. Deve-se ter em mente, entretanto, que o objetivo da cirurgia é primariamente oncológico: a retirada de um tumor cuja permanência põe em risco a vida.

Não se esqueça da prevenção, ainda hoje a melhor arma contra a doença.

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